Na madrugada dessa segunda feira, três ativistas foram parados pela polícia enquanto imprimiam com stencil, o Cauê com um fuzil nas mãos, no muro do colegio Pedro II localizado no centro da cidade.
Eles foram levados a força por policiais do 5º BPM, (que fica ironicamente na Praça da Harmonia), para a 4º DP, Central do Brasil. Na delegacia a ativista presa disse que a pintura era um protesto político contra a farsa do PAN que está servindo de pretexto para militarizar ainda mais a cidade e abrir guerra contra a população das comunidades pobres.
Um dos ativistas é israelense com cidadania britânica e pode ser deportado.
A algum tempo o governo estadual e municipal, a polícia e os meios comerciais de comunicação, tem se esforçado para que a opinião pública acredite que os movimentos que se opõem ao PAN não passam grupos fazendo apologia ao crime, na tentativa de desqualificar os protestos.
A ativista presa afirma que não é nada disso. Explica que o boneco, é uma dura critica ao governo. Enquanto se gasta quantias absurdas com um evento esportivo internacional, a repressão policial atua de forma criminosa em comunidades pobres nas favelas.
No dia 27 de junho, em uma ação planejada pela secretaria de segurança pública do Rio de Janeiro que contou com 1300 policiais militares e membros da Força Nacional de Segurança, o governo do Estado promoveu uma chacina no Complexo do Alemão. Até hoje nada atestou que houve resistência por parte dos traficantes de drogas mas 19 pessoas morreram e apenas 2 foram presas.
Há muita dificuldade para provar que houve execuções porque os policiais levaram os cadáveres para o hospital quando o correto seria esperar a perícia no local. Outra coisa intrigante foi que os mortos chegaram nús ao Instituto Médico Legal, IML. Isso está sendo considerado destruição de provas porque pode-se comprovar quando há execução`a queima roupa, por causa da chamada tatuagem de pólvora, presente nas roupas dos mortos.O Cauê é o símbolo dos Jogos Pan-Americanos que ocorre entre os dias 13 a 29 de julho no Rio de Janeiro.
Cauê armado é uma criação do cartunista Lattuff que foi intimado a comparecer pela delegada Valéria de Aragão Sádio, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Propriedade Imaterial. Essa delegacia foi criada através do Decreto Lei n° 33.535, de 07 de julho de 2003, com o objetivo primordial de defender o Copyright. Ele foi intimado sob a acusação de apropriação da imagem oficial do PAN.
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