

Exatos 51 dias depois do já histórico 03/05/2007, data em que cerca de duzentos estudantes da USP foram até a reitoria da Universidade cobrar a presença da reitora Suely Vilela sobre os decretos do governo Serra e acabaram se instalando indeterminadamente, os estudantes da Universidade de São Paulo desocuparam a reitoria no dia 22/06.
A pauta de 18 pontos foi amplamente vitoriosa, tendo como principais pontos específicos já comprometidos pela Reitoria da USP:
334 novas moradias no campus do Butantã, de Ribeiro Preto e de São Carlos;
Reforma dos prédios do FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e do FOFITO (Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional);
Restaurante Universitário aos fins de semana na cidade universitária;
Ampliação do transporte interno na cidade universitária;
Contratação de professores conforme necessidade apresentada por cada faculdade.
Foi formada uma comissão de oito professores e oito estudantes e/ou funcionários que irá estabelecer as negociações que definirão outras pautas como, por exemplo, o Inclusp, projeto de inclusão social na USP.
Além disso, as conquistas políticas transformaram a ocupação da Reitoria da USP e a greve estudantil, dos servidores e dos docentes a mais vitoriosa dos últimos tempos no nosso país. São elas:
Decreto Declaratório n°1 emitido pelo governo Serra em 30/05/2007 após ato público da cidade universitária até o Palácio dos Bandeirantes com mais de 5000 pessoas, em que o governador reafirma a autonomia universitária das estaduais paulistas;
Formação de uma comissão paritária entre professores, funcionários e estudantes para a construção do 5° Congresso da USP que discutirá um novo Estatuto para a Universidade de São Paulo, a maior Universidade pública do país.
O movimento estudantil da USP impulsionou uma jornada nacional de mobilizações. Numa explosiva reação em cadeias, ocupações nasceram de ocupações, das paulistas às federais. UNESP, UNICAMP, UFPA, UFAL, UFMA, UFES, UFPA, UFRJ, aqui mesmo na UFRGS.
As conquistas por uma uma Universidade realmente pública e popular também surgiram em um efeito cascata.
A Frente Nacional de Luta Contra a Reforma Universitária está caracterizada, após esse rico processo de mobilização, como o espaço de organização unitária de todos/todas aqueles/aquelas que nãos e renderam frente à apropriação privada da Universidade Pública. As ocupações nas Universidades paulistas e nas federais dão o tom de um novo tempo.
Ocupamos, conquistamos!
O DCE/UFRGS, gestão Instinto Coletivo, vibra com a espetacular vitória da ocupação da reitoria da USP e com o Movimento Estudantil nacional novamente de pé em luta!
“NA USP, NA UFRGS. LULA JÁ SABIA.
CONTRA ESSA REFORMA OCUPAMOS A REITORIA!”
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