Moção de Apoio da Universidad de Westminster, Londres
Critical Forum
Londres, 4 de mayo 2007
30 May, 2007 15:13
MOção de Apoio de Zanon
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Hermanas, hermanos, compañeros, compañeras, estudiantes:
Esta mañana nos enteramos vuestra lucha en la Universidad de Sao Paulo y nos dimos cuenta inmediatamente de la necesidad de expresar nuestra solidaridad con nuestros compañeros estudiantes al otro lado del Atlántico. Esta solidaridad implica el reconocimiento de que tenemos los mismos intereses y compartimos el descontento sobre el carácter de la educación en el marco de las políticas neoliberales. En nuestra opinión, vuestra lucha y organización contra la privatización y la marginalización de la educación, es parte de la resistencia universal frente al ataque a las libertades civiles y a las necesidades del ser humano a favor de los intereses que sólo responden a los ricos, los poderosos y los privilegiados.
La educación, por lo tanto, nunca debería estar guiada por necesidades económicas de las grandes empresas, quienes a su vez deciden la salida laboral de los jóvenes, sino que debería estar guiada por nuestras necesidades como seres humanos, como individuos y ciudadanos. La función social de la educación no es la de servir a las necesidades inmediatas de la economía, manifestada en la privatización de la educación. La independencia de la educación es una condición necesaria para que ésta pueda ser crítica de nuestra sociedad. Todo aquel que valora el aspecto humano de la educación debe luchar con todas sus fuerzas contra la tendencia a reducir la educación a meras necesidades económicas. El gobernador de vuestro estado no sólo traiciona las esperanzas y los sueños de los estudiantes, sino la inspiración que su lucha despierta y el potencial que a su vez representa para la sociedad de conjunto. Toda conquista de libertad ha sido ganada prácticamente a través de la lucha, como concesiones arrancada a los gobiernos que no estaban dispuestos a dar nada, y que son, con frecuencia, hostiles a las luchas. Esto nos debería recordar que, si no somos críticos frente al orden existente, si seguimos haciendo de cuenta que la libertad existe en este mundo maravilloso, si seguimos manteniendo el mismo sistema que conforma nuestras responsabilidades sociales como estudiantes y seres humanos, estaremos encaminándonos en una larga y destructiva carrera hacia la deshumanización de la sociedad.
30 May, 2007 15:13
MOção de Apoio de Zanon
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Les enviamos esta carta en nombre de un grupo de estudiantes llamado ‘Critical Forum’ (Foro Crítico). Nos hemos organizado contra el consenso capitalista y liberal que existe en la mayoría de las universidades británicas neo-coloniales. El objetivo es usar este foro como plataforma para exponer y criticar las ideas expresadas por el establishment de nuestra universidad y el consenso capitalista que en general existe en Europa occidental. Y como tal, funciona como un espacio crítico desde abajo, organizado contra la ideología capitalista hegemónica, la reforma social y la explotación económica. La necesidad de este forum expone la naturaleza de la educación liberal que ya hemos mencionado. Muestra que la educación, en su forma racional y liberal, sólo sirve para la reproducción de la política y las relaciones económicas actuales.
Les hacemos llegar nuestras solidaridad y apoyo en su lucha contra la privatización de vuestra universidad.
En solidaridad
Bart Bourmans, Vicepresidente de Critical Forum, Universidad de Westminster, Londres.
Philip Lilliefelth, tesorero de Critical Forum, Universidad de Westminster, Londres.
Moção de Apoio de Zanon
Neuquen, 23 de Mayo de 2007.
A los compañeros y compañeras de la USP:
Desde Neuquen, Argentina, los obreros y obreras de Zanon Bajo Gestión Obrera y el Sindicato Ceramista de Neuquen, saludamos la lucha que vienen desplegando los estudiantes, docentes y trabajadores de la Universidad de San Pablo en defensa de la educación publica.
Repudiamos los ataques que vienen sufriendo por parte de las autoridades y el gobierno y las amenazas que enfrentan todos estos días.
El gobierno de Kirchner en la Argentina como el de Lula, mientras hacen discursos progresistas, atacan la educación publica aplicando los planes económicos de los grandes empresarios. Por eso consideramos fundamental para defender la Universidad publica la unidad de los obreros y estudiantes.
Les hacemos llegar nuestro saludo, nuestra solidaridad y nos ponemos a disposición de rodearlos de solidaridad en la lucha que vienen llevando adelante.
Obrer@s de Zanon Bajo Gestion Obrera – Sindicato Ceramista de Neuquen
MOÇÃO DE APOIO DO CAFIL/UFPR À OCUPAÇÃO DA REITORIA DA USP
O Centro Acadêmico de Filosofia (CAFIL) da UFPR declara seu apoio à ocupação da reitoria da USP e às reivindicações dos estudantes professores e técnicos-administrativos em greve. É legítima a luta dos estudantes e trabalhadores da USP: no enfrentamento aos projetos privatistas da educação pública; contra a lógica de mercado; e contra as políticas que atacam os direitos dos trabalhadores e oprimem a livre expressão e organização do movimento estudantil. A luta empreendida pelos estudantes da USP contra os decretos do governador Serra também é a mesma luta dos estudantes de Filosofia da UFPR contra as políticas implementadas pelo governo federal. Os problemas enfrentados são semelhantes e nos colocam em situação idêntica na defesa da autonomia universitária, pela democratização das administrações universitárias, pela contratação de mais professores e funcionários que atenda a demanda do ensino público, melhorias de infra-estrutura das universidades, assistência estudantil que garanta o pleno acesso ao ensino superior público e de qualidade. A ocupação da reitoria da USP é a defesa do ensino público, gratuito e de qualidade.
O CAFIL/UFPR também manifesta seu repúdio aos meios de comunicação que na defesa desavergonhada das políticas privatistas distorce fatos e oculta informações. Com total parcialidade tenta desqualificar toda ação deste movimento e suas reivindicações legítimas. Repudiamos o papel da reitoria e do governo estadual que ameaçam os estudantes e trabalhadores, bem como o uso da força e outras medidas repressivas como a reintegração de posse ou qualquer processo administrativo com o objetivo de punir os estudantes e trabalhadores envolvidos nesta luta.
A luta dos estudantes, professores e técnicos-administrativos da USP é um exemplo a ser seguido!
Centro Acadêmico de Filosofia da UFPR, gestão "Verum Factum" 2007.
]
Em Defesa da Autonomia das Universidades Públicas Paulistas
Em vista dos decretos do Governo Serra no primeiro mês de gestão e das conseqüentes incursões sobre a autonomia universitária da USP, UNICAMP e UNESP, e considerando que:
1. o artigo 207 da Constituição Brasileira de 1988 define perfeitamente o princípio da autonomia universitária: “As Universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”;
2. o mesmo princípio é reafirmado nos artigos 53 e 54 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e também no artigo 254 da Constituição Estadual de São Paulo;
3. o compromisso da função social da Universidade é intrínseco ao princípio de autonomia universitária e é exercido com responsabilidade pelas três universidades estaduais paulistas, USP, UNICAMP e UNESP, por meio do aprimoramento de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, na busca constante do mérito e da excelência acadêmicos;
4. a indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão na Universidade, exercitada rigorosamente por essas instituições de excelência, recomenda que os órgãos afetos ao incremento e ao financiamento dessas atividades sejam constantes da mesma secretaria que lhe diz respeito;
5. ao longo dos anos de vigência da autonomia financeira, conquistada pelas universidades públicas do Estado de São Paulo, em 1989, estas apresentam concretamente um desempenho muito positivo. Só a Unicamp ampliou em 130% as matrículas no ensino de graduação e de pós-graduação, mesmo com redução de aproximadamente 20% de seus quadros docentes e de funcionários. Juntas, as três universidades são responsáveis por mais de 50% da produção científica brasileira;
6. as três universidades realizam periodicamente rigorosos processos de avaliação institucional, por meio de comissões internas e externas, constituídas por pesquisadores nacionais e internacionais de alto nível, as quais geram relatórios abrangentes e minuciosos que são enviados ao Conselho Estadual de Educação, e postos à disposição da sociedade;
7. as três universidades contribuem expressivamente com o desenvolvimento científico e tecnológico do país, e também com a busca de melhoria da educação básica pública, paulista e brasileira, de maneira articulada com secretarias municipais e estaduais de Educação e com o Ministério da Educação;
8. todas essas ações são realizadas com completa transparência de gestão acadêmica, administrativa e financeira, graças ao respeito à institucionalidade das decisões tomadas nos órgãos colegiados internos, à participação no SIAFEM desde 1997, e ao envio mensal de relatórios da execução orçamentária aos órgãos internos das universidades, aos órgãos responsáveis do governo estadual e à sociedade em geral;
nós, Diretores das Unidades Acadêmicas da UNICAMP, vimos solicitar ao Exmo. Governador do Estado de São Paulo, Prof. José Serra:
a) a extinção da Secretaria de Ensino Superior e conseqüente revogação ou alteração dos decretos correspondentes;
b) o retorno de UNICAMP, USP e UNESP, e de outros órgãos a ela transferidos, para a Secretaria de Desenvolvimento (anteriormente denominada Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico);
c) a alteração de redação dos Decretos 51.471 e 51.473, de modo que não se apliquem às autarquias de regime especial;
d) a alteração de redação do decreto 51.636 em todos os itens incompatíveis com a autonomia universitária.
Está claro para nós que os decretos mencionados ferem dispositivos da constituição federal e do estado de São Paulo. Interferem na autonomia das três universidades públicas paulistas. Desconsideram que o exercício pleno dessa autonomia compete exclusivamente às universidades, aos seus respectivos Conselhos Universitários e ao Conselho de Reitores – Cruesp. Não otimizam a organização da Administração Direta do Estado de São Paulo, ao contrário: criam órgãos cujos campos funcionais se fragmentam, se dispersam e se superpõem. Geram, enfim, desperdícios dos recursos públicos.
Isto posto, reiterando manifesto anterior de 27 de março de 2007, reafirmamos nossa posição contrária às anomalias institucionais geradas em conseqüência de tais decretos.
Campinas, 25 de maio de 2007.
(Original assinado pelos/as Diretores/as das 23 unidades de ensino da UNICAMP: FCM, FE, FEA, FEAGRI, FEC, FEEC, FEF, FEM, FEQ, FOP, IA, IB, IC, IE, IEL, IFCH, IFGW, IG, IMECC, IQ, CESET, COTIL, COTUCA)
Carta de Solidariedade da Reitoria ocupada aos militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)
Na tarde dessa segunda-feira, 28 de maio, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizou ato pacífico. A reivindicaçãoera pela retirada do decreto feito pelo prefeito Evilásio Farias em que multa o movimento em R$100.000,00 (cem mil reais) por dia caso ocupe uma nova área na região de Taboão da Serra, entre outras retaliações.
O ato foi reprimido com muita violência pela guarda civil municipal, inclusive com tiros, deixando várias pessoas feridas, hospitalizadas e outras presas. Nós, na assembléia dos estudantes da USP repudiamos tal repressão policial e nos solidarizamos com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Entendemos que esta é mais uma tentativa de criminalização de um movimento sério, que luta por moradia, um direito previsto na COnstituição Federal e agrega o povo pobre na batalha por uma vida digna.
Não podemos aceitareste e qualquer outro tipo de repressão e violência contra os movimentos socias! MTST, a luta é pra valer!
REITORIA OCUPADA/USP-SP
Moção de apoio - MPL/ Santos
O Movimento Passe Livre de Santos (MPL/Santos), vem por meio deste se
solidarizar ao pensamento de luta que caracteriza os estudantes da USP nesse
momento em que é posta em risco a autonomia das universidades públicas
estaduais (o que significa mercantilizar o ensino e colocar um instrumento
de desenvolvimento da sociedade em mãos erradas). Apoiamos a luta por
maior número de vagas em moradias estudantis por entendermos que o
universitário tem o direito inquestionável de ter condições para desenvolver
seus estudos sendo o Estado o responsável a possibilitar o uso desse
direito. Achamos que as reivindicações dos funcionários e professores
aderidos à greve são absolutamente legítimas, fazendo-nos posicionar
claramente a favor desses trabalhadores.
Concluímos valorizando a capacidade de vocês grevistas, estudantes e
trabalhadores da USP, de terem estruturado a luta de forma que ela tem
força pra se espalhar por outras universidades públicas do estado de São
Paulo, fazendo existir, assim, um momento histórico pela conquista de maior
qualidade educacional do país.
Moção de apoio - MPL/ Santos
Diante das manifestações de membros da comunidade acadêmica, inclusive de cientistas sociais, desqualificando a estratégia de desobediência civil e ação direta adotada pelos estudantes da Universidade de São Paulo que ocuparam a reitoria, gostaríamos de chamar atenção para alguns pontos.
Os críticos da ocupação enquanto estratégia argumentam que ela fere não apenas o princípio da legalidade, como também a civilidade e o diálogo e que, portanto, trata-se apenas de uma ação violenta, autoritária e criminosa.
As instituições civilizadas que esses críticos defendem, do voto universal para cargos legislativos até os direitos trabalhistas e as leis de proteção ambiental foram frutos de ações diretas, não mediadas pelas instituições democrático-liberais: foram fruto de greves (num momento em que eram ilegais), de ocupações de fábricas, de bloqueios de ruas. Não é possível defender o valor civilizatório destas conquistas que criaram pequenos bolsões de decência num sistema econômico e político injusto e degradante e esquecer das estratégias utilizadas para conquistá-las. Ou será que tais ações só passam a ser meritórias depois de assimiladas pela ordem dominante e quando já são consideradas inócuas?
As ações diretas que desobedecem o poder político não são um mero uso de força por aqueles que não detêm o poder, mas um uso que aspira mais legitimidade que as ações daqueles que controlam os meios legais de violência. Talvez fosse o caso de lembrar, mesmo para os cientistas sociais, que nossas instituições democrático-liberais são instrumentos de um poder que aspira o monopólio do uso legítimo da violência. Há assim, na desobediência civil, uma disputa de legitimidade entre a ação legal daqueles que controlam a violência do poder do estado e a ação daqueles que fazem uso da desobediência reivindicando uma maior justiça dos propósitos.
Os críticos da ocupação da reitoria, em especial aqueles que partilham do mesmo propósito (a defesa da autonomia universitária), podem questionar se a ocupação está conquistando, por meio da sua estratégia, legitimidade junto à comunidade acadêmica e à sociedade civil. Esse é um dilema que todos que escolhem este tipo de estratégia de luta têm que enfrentar e que os ocupantes estão enfrentando. Mas desqualificar a desobediência civil e a ação direta em nome da legalidade e da civilidade das instituições é desaprender o que a história ensinou. Seria necessário também lembrar que mesmo do ponto de vista da legalidade, nossas instituições não vão tão bem?
Independente de como a ocupação da reitoria termine, ela já conseguiu seu propósito principal: fomentar a discussão sobre a autonomia universitária numa comunidade acadêmica que permaneceu apática por meses às agressões do governo estadual e que só acordou com o rompimento da ordem.
Adilson de Oliveira Junior, mestrando em Geografia pela UFF.
Adma Fadul Muhana, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Adriana Benedikt, professora da PUC/RJ
Agnes Fernandes, geográfa pela FFLCH/USP
Albana Azevedo, técnica da UFRJ
Alexandre Fortes, professor do Instituto Multidisciplinar da UFRJ
Allan da Silva Coelho, professor de Filosofia e Epistemologia
Ana Karina Barreiros
Ana Paula Fagundes, bióloga, Grupo Mamangava, Porto Alegre/RS
Andréia Galvão, professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Andriei Gutierrez, doutorando no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Angela Kleiman, professora do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP
Angela Lazagna, doutoranda do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Angela Mendes de Almeilda, professora da UFRRJ
Ângelo Cavalcante, Ciências Sociais PUC/SP
Anita Handfas, professora da Faculdade de Educação da UFRJ
Anselmo Massad, jornalista da revista "Fórum"
Antonia Elizabete Leandro da Silva, Coletivo de Mulheres PSOL/PE
Antonio Carlos Mazzeo, professor da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP
Alessandro Soares da Silva, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP
Alexander Maximilian Hilsenbeck Filho, mestre pela Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP
Alvaro Bianchi, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Ana Carolina Arruda de Toledo Murgel, doutoranda do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Anthero Vieira
Arley R.Moreno professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Armando Boito, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Anailde Almeida, professora Sociologia UNEB
Baruana Calado dos Santos, graduanda de Ciências Sociais na UEL.
Beatriz Bargieri, vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais/SP
Caio N. de Toledo, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Candido Giraldez Vieitez, professor da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP
Carla Luciana Silva, professora da UNIOESTE
Carla de Medeiros Silva
Carlos Henrique de Campos, produtor cultural
Carlos Leandro Esteves, doutorando pela UFF
Carlito De Campos, produtor Cultural
Cecília Rosas, mestranda na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Celso Fernando Favaretto, professor da Faculdade de Educação da USP
Cilaine Alves Cunha, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Claudete Pagotto, Professora da Fundação Santo André
Claudia Mazzei Nogueira, professora do Centro Sócio Econômico da UFSC
Claudio Reis, doutorando em Ciências Sociais no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Claus Germer, professor do departamento de Economia da UFPR
Crisangêla de Almeida, Estudante de especialização da UEL
Cristina Miranda, Professora do Colégio de Aplicação da UFRJ
Cristiane Maria Cornelia Gottschalk, professora da Faculdade de Educação da USP
Daniel Aarão Reis, professor de História Contemporânea, UFF
Daniel Antiqueira, Professor
Daniel Barbosa Andrade de Faria, pós-doutorando do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Daniel de Oliveira, licenciado em História pela FFSD
30 May, 2007 15:13
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Daniela do Amaral Alfonsi, menstranda da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Danilo Enrico Martuscelli, doutorando no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Danilo Ricardo de Oliveira, graduando da UNICAMP
Davisson C. C. de Souza, doutorando na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Delmar Mattes, geólogo30 May, 2007 15:13
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Denis Corcini Cortezao
Dora Isabel Paiva da Costa, professora da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP
Doris Accioly e Silva, professora da Faculdade de Educação da USP
Edith Ramirez
30 May, 2007 15:13
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Edilson José Graciolli, professor do departamento de Ciências Sociais da UFU
Eleonora Albano, professora do Instituto de Estudos da Linguagem, UNICAMP.
Eleutério Fernando da Silva Prado, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP
Erley Maicon
Elizabeth Lorenzotti, jornalista e professora de jornalismo30 May, 2007 15:13
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Eloisa Helena Vieira Maranhão
Fábio Martinelli Casemiro, professor de história e mestrando em Teoria Literária no IEL/UNICAMP
Fábio Pimentel, Mestrando da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Felipe Cordeiro da Rocha
Felipe José Lindoso, Antropólogo
Felipe Luiz Gomes e Silva, professor da Faculdade de Ciências e Letras d30 May, 2007 15:13
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[ (1) Comment ] [ (0) Trackbacks ]a UNESP
Fernanda Malafatti Silva Coelho, advogada e professora de Direitos Humanos
Fernando Santos, Sintep-MT
Filipe Raslan, mestrando do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Filippina Chinelli, professora da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP
30 May, 2007 15:13
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Flávio de Castro, cientista político
Flávio Vieiria, membro do DCE/ UFPI
Francisco Antunes Caminati
Francisco de Oliveira, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Francisco Xarão, professor da UFRGS
Gabriel Pereira da Rosa
Geraldo Martins de Azevedo Filho, Movimento Consulta Popular SP
Gilerto Calil, professor da Universidade da UNIOESTE
Giselle Megumi Martino Tanaka, mestre pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
30 May, 2007 15:13
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Givanildo Manoel da Silva
Glaydson José da Silva, pós-doutorando do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Gonçalo Rojas, doutor em Ciência Política pela USP
Heder Sousa, sociólogo
Heloísa Grego, Coordenadora do Instituto Helena Grego de Diretos Humanos e Cidadania
Heloísa Fernandes, professora da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP
30 May, 2007 15:13
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Henrique Soares Carneiro, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Hivy Damasio Araújo Mello, douroranda do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Homero Santiago, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Hugo Lenzi, socióĺogo e fotógrafo.
Isabel Loureiro, professora da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP
Istvan Jancso professor do Instituto de Estudos Brasileiros da USP
Ivana Jinkings, editora
Izalene Tiene, professora da UNISAL
Jair Batista da Silva, doutorando no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Jânio Coutinho, mestre em Direito Público
Jânio Roberto Diniz dos Santos, professor da UESB30 May, 2007 15:13
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Jefferson Agostini Mello, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP
Jesus Carlos de L. Costa, repórter fotográfico.
Jesus Ranieri, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da U30 May, 2007 15:13
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[ (1) Comment ] [ (0) Trackbacks ]NICAMP
Joana A Coutinho, professora da UFMA
João Adolfo Hansen, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
João Bernardo, escritor e professor
João Henrique Oliveira, mestre pelo Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da UFF
João Quartim Moraes, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
João Sette Whitaker Ferreira, Professor da Faculdade de Arquitetura e Urb30 May, 2007 15:13
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[ (1) Comment ] [ (0) Trackbacks ]anismo da USP
Joares Marcelo dos Santos Patines, Grupo de Educação Ambiental Mamangava
John Kennedy Ferreira, professor de Sociologia - PMSP
José Arrabal, professor universitário e jornalista
José César de Magalhães Jr, doutorando na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
30 May, 2007 15:13
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José Gradel, tradutor
José Renato de Campos Araújo, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP
José Rubens Mascarenhas de Almeida, professor da UESB
Jorge Machado, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP
Júlia de Carvalho Hansen, graduanda da Faculdade de Filosofia, Letras e30 May, 2007 15:13
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[ (1) Comment ] [ (0) Trackbacks ] Ciências Humanas da USP
Júlia Gomes e Souza, professora da Universidade Ibirapuera
Júlia Moretto Amâncio, mestranda no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Juliana Sassi, Universidade Metodista de São Paulo
Juliana Vergueiro Gomes Dias
30 May, 2007 15:13
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Juliano Gonçalves da Silva, videomaker, professor e mestre em Multimeios/UNICAMP
Kátia Maria Kasper, professora da UFPR.
Laymert Garcia dos Santos, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Leandro de Oliveira Galastri, doutorando no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Leda Paulani, professora da Faculdade de Economia, Administração e Con30 May, 2007 15:13
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[ (1) Comment ] [ (0) Trackbacks ]tabilidade da USP
Leri Faria Junior, compositor, músico, ator e diretor teatral
Lino João Nevez, professor da UFAM
Lúcia Luiz Pinto, professora da Secretaria Municipal de Saúde do RJ.
Luciano Cavini Martorano, doutorando em ciência política no IUPERJ-RJ
Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida, professor da PUC-SP
Luiz Alberto Barreto Leite Sanz, professor do Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF
Luiz Enrique Vieira, mestrando do Depto. de sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
Luiz Felipe Bergmann, Auditor Fiscal do Trabalho.
Luiz Gomes Moreira, Professor da UNICRUZ
Luiz Renato Martins, professor da Escola de Comunicação e Artes da USP
Luiz Roncari, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Luzia Rodriguez, Jornalista Graduada pela ECA/USP
30 May, 2007 15:13
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Luziano Pereira Mendes de Lima, professor da UNEAL
Maria das Graças M. Ribeiro, Universidade Federal de Viçosa
Márcio de Carvalho, mestrando em Ciências Sociais da UNESP
Marcella Vianna,,graduanda da UEL
Marcelo Badaró Mattos, professor do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da UFF
Marcia Camargos, Escritora e doutra em História pela USP
30 May, 2007 15:13
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Marcio Amendola de Oliveira, coordenador do Instituto Zequinha Barreto
Marcos Barbosa de Oliveira, professor da Faculdade de Educação da USP
Marcos Del Roio, professor da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP
Marcos Mitsugui Zaiba Iki
Maria Alice de Paula Santos, professora universitária, educadora do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos
Maria Aparecida dos Santos, Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil
Maria Caramez Carlotto, mestranda da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Maria Cecília Magalhães, professora da PUC-SP
Maria das Graças Carneiro de Sena, pesquisadora da Embrapa
Maria de Fatima Simoes Francisco, professora da Faculdade de Educação da USP
Maria Marce Moliani, professora do departamento de Educação da UEPG
Maria Socorro Ramos Militão, professora da Faculdade de Artes, Filosofia e Ciências Sociais da UFU
Mariana de Oliveira Lopes, mestranda na UNESP
Marisa Brandão, professora do CEFET-RJ
Marta Vieira Caputo, mestranda PPGCOM - UNESP
Marta Maria Chagas de Carvalho, professora da Faculdade de Educação da USP e da Universidade de Sorocaba
Marta Mourão Kanashiro, doutoranda na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Mauro Iasi, Professor da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo
Miguel Yoshida, Mística e Revolução SP
Miriam Abramovay, doutora em educação
Moacir Gigante, professor da Faculdade de História, Direito e Serviço Social da UNESP
Murilo Silvério Pereira
Nahema de Oliveira, mestranda da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Nauro José Velho, SINDASPI-SC
Neuza A. S. Mello, Pedagogia UEL
Neusa Maria Dal Ri, professora da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP
Otília Arantes, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Ozeias Souza, graduando em Geografia na UFES
Pablo Ortellado, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP
Patrícia Curi Gimeno, mestranda do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Patricia Tavares de Freitas, mestranda do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Patrícia Vieira Trópia, professora da Faculdade de Educação da PUC-Campinas
Paula Graciele Rodrigues, mestranda em Ciências Sociais na UNESP
Paula Regina Marcelino, Doutoranda do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Paulo Eduardo Arantes, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Paulo Sérgio Muçouçah, Sociólogo
Pedro Castro, professor do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da UFF
Pedro Jorge de Freitas, Deartamento de Ciências Sociais da UEM
Pérola de Carvalho, tradutora
Plínio de Arruda Sampaio Júnior., Professor do Instituto de Economia da UNICAMP
Ramon Casas Vilarino, professor PUC/SP
ReinaldoVolpato, cineasta
Renata Belzunces, professora da UNIP e da Faculdade Comunitária de Campinas
Renata Golçalvez, Professora da UEL
Renata Vasconcellos, Videoasta RJ
Ricardo Antunes, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Ricardo Musse, professor da Facualdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Roberto Lehrer, professor da Faculdade de Educação da UFRJ
Rogério Mourtada, artista plástico.
Rosanne Evangelista Dias, professora do Colégio de Aplicação da UFRJ
Rozinaldo Antonio Miane, professor da UEL
Rubens Machado Jr., professor da Escola de Comunicação e Artes da USP
Ruy Braga, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Ruy Lewgoy Luduvice, Graduando em Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP Sean Purdy, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Sandro Zarpelão, Mestrando em História pela Universidade Estadual de Maringá
Savana Diniz Gomes Melo, doutoranda na Faculdade de Educação da UFMG
Sávio Cavalcante, professor de Sociologia da UEL
Sergio Lessa, professor departamento de filosofia da UFAL
Sérgio Silva, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Silvia Viana Rodrigues, doutoranda da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Sírio Possenti, professor do Instituto de estudos da Linguagem da UNICAMP
Sonia Lucio Rodrigues de Lima, professora da Escola de Serviço Social da UFF
Soraia Ansara, professora da Faculdade Brasílica de São Paulo
Tatiana de Amorim Maranhão Gomes da Silva, doutoranda na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Tatiana Fonseca Oliveira, doutoranda em sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humamas, da UNICAMP
Tiarajú Pablo D´ Andrea, sociólogo e músico
Vanderlei Elias Nery, Oposição Alternativa - APEOESP.
Vera Lúcia Navarro, professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP
Viviane Campezate Diniz
Weslei Venancio, graduando de Ciências Econômicas da UEL
Wylma Mouradian, graduada pela Escola de Comunicação e Artes da USP
31 May, 2007 01:04
Apoio dos Professores!
ocupacao em [Moção de apoio ]
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Estamos pesquisando a lista de "professores" contra a ocupação e (pasme!) há diversos alunos "promovidos" à docência!!
[será que finalmente a reitoria resolveu o problema de falta de docentes da USP???]
Já do nosso lado..
Confira no menu Ligações a lista de apoio de professores ao movimento!
já são mais de 500 nomes..
http://two.xthost.info/ocupa/lista.htm
31 May, 2007 08:36
Sobre o posicionamento da sociedade em relação a greves
ocupacao em [Moção de apoio ]
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Culturas de Greve em Portugal e no Brasil
Elísio Estanque
Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra
Professor convidado da USP – São Paulo
Portugal está em greve e o mesmo acontece no sector universitário paulista. A greve é, disseram uns sociólogos citando Clausewitz, “a continuação da negociação por outros meios”. Acho que esta é uma formulação adequada, sobretudo quando as greves ocorrem num regime democrático, no qual é suposto uma permanente negociação de interesses entre os diferentes actores do conflito social e político. É de conflito que se trata. Mas tal como o conflito não acaba com o fim da greve, a negociação não pode acabar com o seu início. A negociação continua por outros meios, na medida em que o conflito aberto trata sobretudo de mostrar o peso relativo de cada uma das partes nele envolvidas, procurando alterar a correlação de forças. E as paralisações do trabalho mais as manifestações de rua têm um custo não só económico mas também político que pode ser demasiado elevado.
Em Portugal, desde os anos 70 que as greves se foram tornando impopulares. Quer no discurso público quer no imaginário popular foi-se instalando a ideia de que só fazem greve os que “não gostam de trabalhar”, os que só pensam nos seus interesses, supostamente indiferentes aos “interesses do país”. Passámos por um período em que a cultura de greve se inscrevia numa expectativa colectiva de que a greve era parte de um processo mais vasto, era uma etapa da consciencialização, visando a sociedade socialista, que estaria no final do caminho. Só que, entretanto, foi a utopia que se perdeu no caminho e a greve passou a limitar-se à defesa de regalias materiais. Porém, quem tinha mais passou a estar menos disposto a aderir, e as greves não só passaram a mobilizar menos como se foram limitando aos sectores mais protegidos.
A cultura de greve deixou de ser emancipatória para se tornar corporativa. Com tudo isto chegámos a um ponto em que se bateu no fundo. Ou seja, os sectores estáveis, a que alguns chamaram “privilegiados”, deixaram de o ser e estão todos a tornar-se precários. Este é talvez o ponto em que, outra vez, os que antes pensavam só em si próprios percebem a importância da aliança com os restantes, e os mais precarizados começam a perceber que a cultura do “deixem-nos trabalhar”, o sacrifício necessário para garantir o mínimo de bem-estar ou mesmo para “salvar o país da crise”, não passou de um imenso logro. O benefício da dúvida que muitos deram a Sócrates há dois anos não valeu a pena.
Também no Brasil o rastilho das greves e do protesto parece ter pegado. No início parecia uma brincadeira de crianças. Há quase um mês que os estudantes ocupam a Reitoria da USP em protesto pela quebra abrupta da negociação com a reitora e em luta contra um conjunto de decretos do governo de José Serra, que visam reduzir a autonomia da universidade e talvez empurrar a instituição – a melhor do país – para um processo de privatização a prazo. Pouco depois, os funcionários declararam greve, seguindo-se-lhes os professores. Piquetes, paralisações e até invasões já se estenderam a várias instituições e têm ocorrido manifestações noutras regiões do país. Em São Paulo também os funcionários das Universidades Federais entraram agora em greve. O governador J. Serra dá sinais de hesitação e de recuo. Os grandes média começam a vacilar na sua habitual postura contra a “violência” de quem protesta. As reuniões negociais continuam, aparentemente sem sucesso. E na USP vive-se um “Maio de 2007”, que faz lembrar o de 68, em que a “cultura de greve” é parte do programa de actividades culturais da Reitoria ocupada desde 3 de Maio. Com as aulas paralisadas, os universitários, cunhados de radicais “desordeiros”, estão a dar uma lição às forças organizadas e aos partidos que se acoitam no poder.
O que há, afinal, aqui em comum? Há dois governos que era suposto sere30 May, 2007 15:13
MOção de Apoio de Zanon
ocupacao em [Moção de apoio ]
[ (1) Comment ] [ (0) Trackbacks ]m de esquerda e estão a fazer a política do capital e de desprezo pelos que trabalham. De ataque ao Estado e em prol do privado. No caso, é o do Estado de São Paulo que está na berlinda, mas, ao fim e ao cabo, PT e BSDB são agora também aliados no governo central. No Brasil a precariedade é estrutural e as diferenças partidárias são cada vez mais indestrinçáveis. Em Portugal parece que seguimos o mesmo rumo. No momento espera-se que, num e noutro caso, as greves mostrem a importância fundamental da negociação – e do conflito – em democracia. Porque as democracias formais e os tecno-burocratas que as governam não chegam para resolver os problemas.
31 May, 2007 08:4130 May, 2007 15:13
MOção de Apoio de Zanon
Acabamos de efetuar uma pequena pesquisa de amostragem, selecionando aleatoriamente 70 nomes da lista de "professores" que apóaim a desocupação da reitoria, no endereço
http://www.iag.usp.br/iag/org/diretoria/listaAssinatura.php
O resultado é surpreendente para uma mera amostragem:
- dos 70 nomes pesquisados, selecionados aleatoriamente, 41 eram de indivíduos não-docentes;
- dentre os nomes da lista, além de estudantes, foi verificada a presença de bibliotecários, técnicos de informática do programa pró-aluno, e um indivíduo sem vínculos com a universidade - que trabalha na Secretaria de Educação de um município do Mato Grosso;
- os estudantes que entraram na lista ingressaram na graduação entre os anos de 2002 e 2007 - boa parte deles são calouros;
ESTATISTICAMENTE FALANDO, NESSA AMOSTRAGEM ALEATÓRIA DE 70 NOMES, APROXIMADAMENTE 60% SÃO DE NÃO-DOCENTES, PORTANTO, NÃO DEVERIAM ESTAR NUMA LISTA DITA COMO SENDO DE PROFESSORES.
P.S. essa pesquisa usou como fonte da busca o próprio site da USP
http://www.usp.br
31 May, 2007 09:20
ATO CONTRA OS DECRETOS
]
GRANDE ATO NO PALÁCIO DOS BANDEIRANTES
Convidamos a todos para o ATO em frente ao Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira, dia 31/05.
Haverá uma concentração em frente à Reitoria às 12:00.
Em defesa da educação pública – abaixo os decretos!
Há 29 dias, estudantes ocupam a Reitoria da USP para defender a autonomia das universidades estaduais paulistas dos decretos do governador José Serra emitidos no início do ano. A ocupação foi uma forma de iniciarmos um debate sobre os ataques que a educação pública, em todos os níveis, vem sofrendo.
Denunciamos a interferência negativa que os decretos pretendem exercer nas universidades. O chefe da recém criada Secretaria de Ensino Superior, José Aristodemo Pinotti, diz que se trata de um “gesto de valorização da universidade, de estar mais perto para ajudar, para melhorar”. Não consideramos que centralizar nas mãos do governador decisões sobre linhas de pesquisa, contratação de professores e remanejamento de verbas é “valorização”. É, sim, um desrespeito à Constituição de 1988, que prevê autonomia de gestão, financeira e didático-científica para as universidades públicas. É a perspectiva de institucionalizar um projeto privatista para o ensino superior público.
Destacamos que os decretos agravam um quadro de precarização delineado ao longo de vários anos por políticas públicas que sucateiam a educação pública. Exemplo disso foram os vetos do governo do Estado em 2005 e 2006 (Alckmin/Lembo) ao aumento de verbas para a educação pública.
Lutamos contra essas políticas – e pela educação pública de qualidade – não apenas quando exigimos a revogação dos decretos, mas quando reivindicamos também o direito à assistência estudantil para que estudantes de baixa renda possam entrar e permanecer na universidade, a contratação de professores suficientes para a expansão de vagas dos últimos anos, a reforma de prédios e equipamentos que hoje se encontram em estado precário, dentre outras pautas.
Até o momento, Serra não explicitou as intenções que nortearam o conjunto dos decretos. Ao contrário, o governador procura abafar o debate, reiterando que os decretos não valem para as universidades, que seu conteúdo é inofensivo. Se assim é, que sejam, então, revogados.
A ocupação da Reitoria da USP e a greve das universidades estaduais convidam a sociedade para aprofundar o debate e se juntar à defesa da educação pública, gratuita, para todos, em todos os níveis!
31 May, 2007 12:36
Apoio da Associação Latino Americana de Ensino e Pesquisa em Serviço Social
Aos estudantes da USP
Vimos por meio deste manifestar nosso apoio à luta dos estudantes, professores e funcionários da USP pela revogação dos
atos do governo Serra que ferem a autonomia universitária. Apoiamos a ocupação como forma legítima de luta e contra a
intervenção policial. Assim como apoiamos a luta dos estudantes, professores e funcionários da UNICAMP E UNESP. Pel
atendimento das reivindicações, pelo ensinoi público, laico e gratuito. Executiva da ALAEITS-Associaçào Latino Americana de
Ensino e Pesquisa em Serviço Social- Secretária professora Bewatriz Abramides
Congratulações pela vitória contra a tentativa do governador José Serra de cercear a autonomia das universidades paulistas e da FAPESP, graças a atuação dos alunos que ocuparam a reitoria da USP foi possível esta vitória. Vocês escreveram uma das páginas mais belas da história deste país.
Pedro Carlos Strikis pós-graduando parasitologia IB UNICAMP.
Maria Laura Misailidis Lerena graduanda farmácia.
Moção de apoio à ocupação da reitoria da USP/ Conselho de Ca´s UERJ
O Conselho de Centros Acadêmicos, da Universidade do Estado do Rio de Janiro, reunido em 29 de maio de 2007 apóia à ocupação da reitoria da USP pel@s estudantes e repudiamos qualquer ato, policial ou da administração central da USP , que represente uma ameaça a livre expressão e organização do movimento estudantil.
Repudiamos também a forma como a imprensa, em especial a Folha de São Paulo e o império Globo, criminaliza e ridiculariza o movimento de ocupação e (des)informa mentiras mostrando claramente de quem são servos: Do capital finaceiro e privatista da esfera pública.
Entendemos que as demandas estudantis e da educação se confrontam cada
vez mais com o projeto apresentado pelos governos de Lula e o de
Serra, onde o que prevalece é a lógica do mercado, o fim da esfera
pública e o consequente emprobrecimento da população brasileira.
Estamos junt@s na defesa da educação gratuita, de qualidade, laica,
para todos e todas, essencialmente pública e fundamentalmente
socialmente referenciada.
No caso da Uerj as reivindicações não são muito diferentes. Aqui
também somos alijados do processo político, decisório, democrático e
plural no interior de nossa universidade.Também nos falta alojamento,
bandejão, creche e estrutura física que a cada dia se encontra mais
corroída. Desta forma achamos que é mais que viável a junção de pautas
que nos unifiquem e nos fortaleça sem perder de vista nossas
especifidades, pois o que está em jogo é a universidade e todo o
serviço público brasileiro.
Nos causa tamanha alegria ao ver a juventude sair do estado coletivo
de anestesia e paralisia que contamina toda uma geração. Com vocês,
companheiros e companheiras, refizemos o caminho da ação coletiva, da
esperança ( aquela que não foi vulgarizada), da retomada da juventude
enquanto sujeit@ da História e da inesgotável luta.
Estamos junt@s e reiteramos nosso apoio e queremos convocar @s
estudantes para estarem daqui pra frente para apoiar e somar nessa
batalha.
Saudações Estudantis e de Luta
terça-feira, 17 de julho de 2007
Moção de Apoio da Universidad de Westminster, Londres
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Um comentário:
ler todo o blog, muito bom
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